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O POETA DO MÊS: Lucas Rafael

Lucas Rafael, poeta da cidade de Brejinho-PE, se mostra como uma revelação no universo da poesia popular.

O Poeta Felipe Júnior proferiu palestra sobre "A Literatura de Cordel e a Poesia Popular na contemporaneidade na FAFIRE - Recife/PE

O evento foi dentro da programação do XLIX Fórum de Ideias Contemporâneas promovido pela faculdade.

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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Poesia popular como disciplina curricular

O Prefeito Romério Guimarães (PT), de São José do Egito-PE, assinou na manhã desta terça-feira, 05 de maio, em seu gabinete na Prefeitura Municipal duas sanções de leis. Primeiramente sobre a institucionalização da Disciplina de Poesia Popular nos currículos escolares da Rede Municipal de Ensino. E em seguida a denominação de "Apóstolo Pedro" para o novo cemitério público construído no Sítio Retiro, que terá sua área integrada a zona urbana de São José do Egito. 

Livro aborda vida do primeiro inimigo de Lampião

Antes de se tornar o temido Rei do Cangaço que aterrorizou todo o Sertão nordestino, Virgolino Ferreira, o Lampião, teve um inimigo. Vizinhos de fazenda, ele e José Saturnino foram amigos durante a infância, até que se desentenderam por motivos pequenos e, mesmo muitos anos depois, Lampião continuaria no embate com o sertanejo de Serra Talhada. A história de inimizade finalmente ganha um livro só seu: Pegadas de um sertanejo: vida e memória de José Saturnino (Edição do Autor, 310 páginas), escrito por Antônio Neto e José Alves Sobrinho.
A obra é lançada nesta sexta (15/5), no Sindifisco, em Santo Amaro, a partir das 18h. Nela, Saturnino, que é constantemente citado em narrativas sobre o cangaço, ganha uma biografia histórica. Estão lá documentos – especialmente processo e homenagens oficiais – que ajudam a entender quem foi essa primeiro inimigo de Lampião, que rompeu com ele na juventude e o teve como desafeto já na sua época de cangaço.
“Eu e José Alves somos de onde Lampião e Saturnino cresceu e sempre soubemos de sua história. Esse trabalho é inédito porque não fala dele de uma maneira pontual. Faltava na história do cangaço uma página sobre José Saturnino”, conta Antônio Neto. No livro, o personagem é descrito com alguém discreto: “Não era do tipo conversador, nem contador de vantagens ou bravuras”.
As brigas com Lampião começaram na adolescência dos dois. O primeiro problema foi a captura de uma novilha fugida. Os dois haviam tentando pegar o bicho várias vezes juntos, sempre falhando. Prometeram, então, que só o pegariam juntos. Sozinho, Saturnino viu a novilha um dia e conseguiu pegá-la, logo se arrependendo ao notar a desfeita com o amigo Virgolino. Quando o futuro Lampião encontrou o bicho, viu o chocalho que pertencia ao vizinho. Os dois brigaram por esse motivo e nunca mais se deram muito bem.
Apesar de usar muitos documentos, boa parte do sabor do livro está nessas histórias orais, contadas por Saturnino antes de morrer ou por pessoas que o conheceram. Mais tarde, Lampião e Saturnino se enfrentariam, quando o fazendeiro passou a fazer parte da Força Pública de Pernambuco. A inimizade da adolescência foi uma das grande rivalidades do Rei do Cangaço.
O lançamento nesta sexta (15/5) terá a venda do livro por R$ 40. A renda arrecadada será destinada para a criação da Biblioteca Comunitária Luiz da Cazuza, com 5 mil títulos e documentos. Depois do evento hoje, a obra pode ser adquirida no Box Sertanejo, no Mercado da Madalena, por R$ 50.

Lirinha, ex-Cordel do Fogo Encantado, lança novo álbum

Lirinha lança O labirinto e o desmantelo com show no Baile Perfumado


O lirismo poético, a psicodelia setentista e o suingue prometem tomar conta do Baile Perfumado na noite desta sexta-feira (15). A partir das 22h, o espaço abre as portas para receber as apresentações dos pernambucanos Lira e Tagore, com trabalhos voltados para o psicodelismo e experimentação poética, e da banda paulista de samba-jazz e afrobeat Bixiga 70.
Poeta e cantor arcoverdense, Lira apresenta, pela primeira vez no Recife, o seu mais recente trabalho: O labirinto e o desmantelo, o segundo em sua carreira solo. Neste, a regionalidade de seu trabalho com o Cordel do Fogo Encantado dá espaço para a experimentação em um mergulho ainda mais profundo no psicodelismo elétrico de Lira (2011).
Com poesias ainda mais fortes e pessoais, o disco tem o intuito de criar imagens através de palavras, partindo da canção que lhe dá título. “Depois que terminei todas as letras e composições, percebi a existência de um personagem que sou eu, numa casa labiríntica em busca de um amor impossível. E, nesse contexto, o labirinto são as nossas construções e o desmantelo são os nossos sonhos e devaneios, o fantástico e o impossível”, explica Lirinha. 
Segundo o cantor, o repertório da noite terá todas as canções de O labirinto e o desmantelo, além de cinco músicas de Lira, três sucessos do Cordel do Fogo Encantado e duas músicas inéditas: “Este será um espaço de improvisação dentro da apresentação. O show está muito bonito e eu estou levando completo para o Recife, que é um lugar diferente, porque eu me sinto em casa. E tem uma carga emotiva maior por isso.”
“O objetivo do meu trabalho é chegar no outro. Passei dois anos em uma espécie de laboratório construtivo para criar esse disco, sem ter um retorno. E no momento que lanço é quando começo a aprender com ele”, emenda. Ele conta ainda que Lira é o disco dos seus sonhos, no qual teve que se refazer como intérprete, focando mais na relação de cantor, e, em O labirinto e o desmantelo, vai ainda mais longe. 
A noite fica completa com as apresentações do pernambucano Tagore, que mostra a mistura de baião com rock psicodélico de seu segundo álbum, Movido à vapor, e a banda paulista de afrobeat Bixiga 70, que também traz um show de lançamento: Bixiga 70 III.

Governo só irá contratar artistas pernambucanos

Governo de Pernambuco só vai contratar para o período junino pernambucanos ou artistas que morem no Estado
Para participar do processo de seleção os músicos precisam viver no Estado há pelo menos seis meses

A regra é clara: dinheiro público, vindo dos cofres do Estado, só vai servir para pagar cachê, neste período junino, a grupos e artistas nascidos em Pernambuco ou que vivam aqui há, pelo menos, seis meses. É o que diz a Convocatória Estadual Conjunta da Secretaria de Cultura/Fundarpe – Secretaria de Turismo/Empetur. As atrações serão selecionadas, a partir de edital, por uma comissão formada por cinco pessoas: três integrantes do governo, dois da sociedade civil (que ainda serão escolhidos). “Temos muitas razões para isso”, explica Marcelino Granja, secretário estadual de Cultura. “Nenhuma é xenofóbica ou bairrista”, garante. “A gente não vai cometer nenhum tipo de discriminação”, reforça Felipe Carreras, secretário de Turismo de Pernambuco.
Aquela que vem levando a culpa por quase tudo em tempos atuais, também aqui é apontada como justificativa para a decisão estadual: a crise financeira. O titular da Cultura afirma que, grosso modo, a contratação de artistas de outros Estados é mais cara. “Menos recursos, mais criatividade. A forma mais eficaz de o Estado ajudar é distribuindo a verba com o maior número de artistas.” “É uma forma de, no momento de corte, dar um remédio para que os artistas locais não sejam prejudicados”, confirma Carreras.
A redução de que falam ambos é calculada em R$ 4 milhões. Ano passado, o Governo de Pernambuco gastou com o Ciclo Junino R$ 12 milhões; neste ano, serão R$ 8 milhões. Mas a restrição à contratação dos não nascidos ou não moradores de Pernambuco tem exceções: Arcoverde e Caruaru, cidades onde o período junino tem ainda mais vigor, receberão dinheiro estadual através de convênios, escapando, assim, da convocatória – e da exclusão dos “estrangeiros”. São 2,5 milhões para Caruaru e R$ 800 mil para Arcoverde. 
Marcelino Granja explica ainda que, apesar de o corte de despesas ter determinado a adoção que critérios de escolha para o apoio estadual, também foi avaliado o fato de que, em grande parte dos casos, são as prefeituras – e não o Estado – que regem as festas juninas de cada cidade. Ele lembra que isso também acontece no período carnavalesco: “A Prefeitura do Recife define o Carnaval do Recife; a Prefeitura de Olinda define o Carnaval de Olinda”. 
Artistas e grupos que quiserem se submeter à seleção precisam se inscrever até o dia 25. A divulgação das propostas vencedoras acontece em 9 de junho. Há, na convocatória, uma clara opção pelos brincantes da cultura popular, assim listados no documento: grupo de bacamarteiros, banda de pífanos, bumba meu boi, cavalo marinho, ciranda, coco, danças populares, embolada, forró, mamulengo, mazurca, quadrilha junina (de bonecos gigantes ou de perna de pau), reisado, repente, São Gonçalo, viola e xaxado. 
Questionado se essa seria uma forma de se evitar que o dinheiro público apoiasse aqueles que se dedicam à chamada “fuleiragem music” (ou “forró de plástico”), Felipe Carreras rebate: “Não haverá exclusão. Mas é óbvio que a comissão vai olhar com mais atenção os que se dedicam ao forró autêntico”.
Apesar de divulgados por quatro instituições estaduais (duas secretarias mais Fundarpe e Empetur), alguns dos critérios de seleção ainda precisarão ser melhor definidos. A paraibana Elba Ramalho, por exemplo, apesar de ter títulos de Cidadã de Pernambuco e do Recife (e passar parte de seu tempo na cidade), pode ou não ser selecionada? “Acho que há vários artistas com título de cidadania. Teremos que analisar”, pondera Marcelino Granja. “São títulos concedidos pelo poder legislativo”, afirma Felipe Carreras. “Elba está dentro”, garante.

* Colaborou José Teles

VERSOS DIVERSOS com Andrade Lima

Redes sociais (o vício da Internet)
Acho bom uma rede pra deitar
Bem armada nos tornos da parede!
Outras redes surgiram e no lar
Uso redes deitado em minha rede!
WhatSap e Facebook são sinais
De um planeta que está globalizado!
O acesso nas redes sociais
Deixa o ser cada vez mais viciado!
As conversas perderam sua essência,
E é preciso ter muita paciência
Com quem usa e não nos dá atenção!
Dependentes estão em tratamento,
E quem trata analisa o sentimento
E não vê mais amor no coração!
Andrade Lima.
Recife, 14/05/2015

VERSOS DIVERSOS com Catarine Aragão

Vendo a seca que assola meu sertão
Eu chorei de tristeza e de desgosto
Sem poder ajudar, reguei o chão
Com as lágrimas que escorrem no meu rosto
Quase morto de sede, um boi de carro
Procurando por água, bebeu barro
Numa poça que resta na barragem
Essa cena me fez entristecer
E eu fechei os meus olhos pra não ver
Como é triste o sertão na estiagem
Catarine Aragão

Discutindo o fomento cultural


José Oliveira Junior
Iniciaremos aqui uma série de três textos sobre o tema do financiamento da cultura, para ajudar nas reflexões sobre o momento que vivemos e para clarear quais caminhos e desafios temos pela frente. O assunto é tão delicado, complexo e importante para a promoção da diversidade que precisa ser apresentado sob diversas ópticas de modo a compreender melhor tudo que o cerca. Começaremos por tratar da “ampliação da discussão”.
Em estudo anterior sobre fomento e financiamento  (OLIVEIRA Jr, 2011, 116-122) pontuamos sobre o desafio de compartilhar responsabilidade para cidades melhores. Naquela ocasião, desenvolvemos a conceituação de três princípios de financiamento da cultura (Público, privado, fomento), passando pelo estudo de diversos modelos de financiamento pelo mundo, para contribuir criticamente para o debate sobre este tema. Quase cinco anos depois de começarmos a escrever aquele texto, queremos retomar um apontamento nele presente para aprofundá-lo, dada sua atualidade:
O que o investimento público pode e deve garantir e o que o investimento privado efetivamente financia […] falar em fomento e financiamento não pode resumir-se a discutir quanto cada esfera do poder público vai investir em cultura, saúde, defesa ou agricultura. É importante que o quanto seja colocado em pauta como item importantíssimo, mas a pauta vai além de valores financeiros e toca outra natureza de “valores” (OLIVEIRA Jr, 2011, p.122-123)
Além da percepção da crise de viabilização que vivemos no país atualmente, com tanta discussão sobre o fim de recursos de algumas leis estaduais, dos critérios de aprovação ou de priorização, de que alguns empreendedores são mais beneficiados, as discussões principais ainda precisam entrar efetivamente na pauta: Quais devem ser as prioridades do estado? Como conciliar o interesse público com os diversos interesses legítimos de uma produção cultural cada vez mais pujante no país, se não houver recursos suficientes? Se a Cultura deve ser garantida como direito básico do cidadão, como tratar a questão sob a perspectiva do financiamento vacilante entre princípio público e princípio privado (que, no geral, acontece no mecanismo de renúncia fiscal)?
Convocamos uma abordagem de BARROS (2010) que utilizamos àquela época para uma imagem mais clara de como queremos desenvolver a presente provocação:
Vocês imaginariam uma escola que só abriria e teria um professor em sala de aula se uma empresa patrocinasse aquele professor ou aquela aula? Vocês imaginariam um leito de hospital que só estaria aberto a alguém se houvesse uma empresa ou uma lei de incentivo que patrocinasse e colocasse nele uma placa dizendo que esse leito é patrocinado pela lei de incentivo à saúde? Mas é assim que a cultura vive hoje. E não é assim que vamos encontrar o lugar da cultura no desenvolvimento[…] Projetos são meios, não são fins. (BARROS, 2010, p.16)
Não queremos tomar o momento atual como “momento de crise”, mas como momento de explicitação dos problemas que talvez tenham ficado ocultos pelos resultados positivos da atividade econômica, que significaram aportes razoáveis de recursos para diversas cidades. Se pensarmos bem, as capitais e grandes cidades estão vivendo agora a escassez que a maioria das cidades do interior vive desde sempre.
O que hoje chamamos problema (representado em frases que ouvimos entre artistas e agentes culturais “acabaram os recursos da lei estadual”, “tem alguns proponentes que concentram a aprovação e captação de recursos”, “na lei federal os maiores beneficiados são do eixo rio-são Paulo”) apenas oculta as reais questões que precisam ser enfrentadas. Talvez por medo eleitoral de tomar medidas impopulares mas que recolocassem o interesse público no centro das preocupações do estado com a cultura, deixamos quase vinte anos as coisas como estão no modelo de financiamento da cultura.
Falamos em vinte anos tomando como base a aprovação do acréscimo do parágrafo no artigo 18 da lei federal de incentivo à cultura, o qual deu 100% de dedução para projetos de determinadas áreas. Este ponto, inclusive, é um dos principais em pauta na alteração proposta pelo PROCULTURA. Enquanto no âmbito federal a tentativa é definir 100% de dedução apenas para propostas que atendam especificamente às prioridades traçadas pelo CNPC (Conselho Nacional de Política Cultural) e pelo PNC (Plano Nacional de Cultura), no âmbito estadual em Minas Gerais, por exemplo, a tentativa de alguns anos e que se tornou realidade foi em outra direção, reduzindo a participação própria da empresa para patamares que se aproximam da dedução integral (patamares de 5%, 3% e 1%).
Foram feitas diversas propostas quando da discussão desta alteração de dispositivos da legislação existente. Uma delas propunha que se mantivesse o percentual de 20% de participação própria da empresa e este valor fosse aplicado diretamente no Fundo Estadual de Cultura. Outra propunha que o percentual menor de participação própria acontecesse somente no interior do estado e em situações específicas.
Independente da validade ou não destas propostas, a situação ainda é a mesma: não discutimos o modelo de financiamento, mas apenas dispositivos dos mecanismos. Estamos falando de algo como tinta nova em pintura velha, remendo novo em roupa velha. Uma análise dos números globais da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais (LEIC) e o Fundo Estadual de Cultura (FEC) entre 2009 e 2013 aponta um problema que nos ajuda a pensar nas reais preocupações que deveriam nos orientar.
A diferença gritante entre o montante aplicado pelo estado por meio de renúncia fiscal e por meio do Fundo de Cultura deixa transparecer que, antes de simplesmente pontuarmos que o recurso disponível por meio da renúncia fiscal para o ano de 2014 terminou em Março, deveríamos nos perguntar se a priorização feita pelo ente federado é a que melhor atende ao interesse público. (A título de exemplo, a análise é relativa ao estado, mas aplica-se quase da mesma forma também à lei federal de incentivo à cultura):
Vale ressaltar que, enquanto o orçamento do Estado vem aumentando ano a ano (14,37% de 2009 para 2010; 18,77% de 2010 para 2011; 15,50% de 2011 para 2012), o referente à cultura diminui à média de 0,01% ao ano […] A Lei Estadual de Incentivo à Cultura teve suas variações quase sempre positivas ano a ano […] entre 2009 e 2013, a cada R$ 1,00 investido através de Fundo Estadual de Cultura houve R$ 11,42 investidos por meio da renúncia fiscal. (BARROS, José Márcio, OLIVEIRA Jr, José, 2013, p.240)
Clique aqui para ler o artigo completo.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

RELEMBRANDO com Ronaldo Cunha Lima


NÃO MALDIGO OS VERSOS QUE LHE FIZ

Não maldigo os versos que lhe fiz, embora não devesse tê-los feito. São versos que nasceram do meu peito, mas frutos de um amor muito infeliz. São versos que guardam o que não quis guardar daquele nosso amor desfeito. Relendo-os sofro, e sofrendo aceito o que o destino quis como juiz. Não os maldigo, não. Não os maldigo. Vou guardá-los em mim como castigo, para no amor eu escolher direito. Só porque nesse amor não fui feliz, não maldigo os versos que lhe fiz, embora não devesse tê-los feito.

Ronaldo Cunha Lima

Convocatória - Ciclo Junino de Pernambuco 2015


O Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura, Fundarpe, Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer e Empetur, lançou, na manhã desta quarta-feira (13), a Convocatória do Ciclo Junino 2015. O anúncio foi feito no auditório do Espaço Pasárgada (Boa Vista, Recife), com a presença do secretário de Cultura Marcelino Granja, do secretário de Turismo Felipe Carreras, da presidente da Fundarpe Márcia Souto e do presidente da Empetur Luiz Eduardo Antunes. Uma das principais novidades é que neste ano apenas artistas pernambucanos, ou radicados no estado há no mínimo seis meses, poderão participar da convocatória. As inscrições poderão ser feitas até o próximo dia 25 de maio.
Através da convocatória serão selecionadas as atrações das festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro nos municípios de todas as regiões do Estado. A convocatória detalha informações importantes a respeito da inscrição, da documentação necessária, dos prazos e do processo de seleção, entre outras.
Acesse a convocatória AQUI

O secretário de Cultura Marcelino Granja ressaltou as novidades da convocatória deste ano, o fato de ser estadual e dos artistas a serem habilitados passarem por comissão composta pelo poder público e sociedade civil. “Depois haverá o diálogo com as prefeituras, aqui mesmo na  Secretaria de Cultura, onde iremos discutir a grade, sempre no sentido de fazer com que todos os artistas ligados ao Ciclo Junino toquem neste São João”, pontuou o secretário.
Presente também na coletiva que reuniu imprensa e artistas, o secretário de Turismo Felipe Carreras ressaltou a força da cultura pernambucana no Brasil e no exterior. Segundo ele, Pernambuco tem potencial para realizar uma grande festa apenas com nomes da terra. “Estamos trabalhando de forma integrada, Turismo e Cultura, para fazer um São João rico e tradicional. Vamos fortalecer não só os artistas pernambucanos, mas também o turismo interno”, avaliou Carreras.
A presidente da Fundarpe Márcia Souto disse que a parceria era muito saudável e ressaltou que o Estado tem um rico patrimônio musical e vai fazer uma bonita festa nos municípios. “Nosso esforço está sendo no sentido de valorizar todas as tradições, não só do forró e do coco, mas as quadrilhas, bandas de pífanos. Nenhum artista da tradição deve ficar de fora”, colocou Márcia.
PROPOSTAS – As inscrições podem ser feitas de três formas. Uma delas é presencialmente na sede da Secult-PE/Fundarpe, situada na Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista, Recife-PE, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Uma novidade este ano é que as inscrições também poderão ser feitas no Museu do Barro de Caruaru (MUBAC), situado no Espaço Cultural Tancredo Neves, na Praça Coronel José Vasconcelos, 100, Centro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h.
Quem quiser também poderá se inscrever por e-mail. Para isso, basta preencher a ficha de inscrição com assinatura, e enviá-la digitalizada em PDF para o endereço saojoao2015pe@gmail.com, junto aos materiais obrigatórios de cada segmento anexados no e-mail.
As propostas serão analisadas por uma comissão de mérito formada por representantes do Governo do Estado e da sociedade civil. No dia 02 de junho será divulgado o resultado da análise preliminar, e os artistas que não forem selecionados terão 48h para resolver as pendências de documentação. Já a lista de propostas habilitadas será anunciada no dia 09 de junho.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Desembargador abusa de autoridade com garçom

Desembargador Dilermando Mota, a cara do homem já diz tudo.
 
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) se meteu numa "saia justa" através de um barraco que o desembargador Dilermando Mota fez numa padaria em Natal-RN, envolvendo um garçom (que levou um copo sem gelo para o desembargador) e alguns clientes. Segundo relatos, o desembargador "puxou o garçom pelo ombro e exigiu que lhe olhasse nos olhos e o tratasse como excelência, e disse que deveria quebrar o copo em sua cara", afirma um dos clientes. Achando pouco a confusão, depois da discussão entre eles começar, Dilermando Mota chamou a Polícia Militar e deu voz de prisão aos clientes que se meteram na confusão com ele. A PM não encontrando nenhum indício de crime não prendeu ninguém, motivo pelo qual o desembargador chamou a PM de um "bando de cagão", disse um dos clientes que filmou a confusão.

Abuso de poder puro!!!


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Adeus ao poeta Zé de Mariano

Zé de Mariano acompanhado de sua mulher e sua filha

Tabira, terra das tradições e faculdade da poesia, perde o poeta Zé de Mariano que foi um dos homenageados na mais recente Missa do Poeta (2013), evento que encanta e atrai multidões. Zé de Mariano era conhecido dentro da nova geração de poetas pajeuzeiros como o "João Paraibano de bancada", fazendo referência à prática comum de sentar, pensar e escrever os poemas, o que diferencia do repente propriamente dito. Zé tinha o mesmo dom de cantar a natureza com uma peculiaridade que lhe era própria. Sua forma e seu verso lhe atribuem majestosas homenagens ao longo de sua singela e humilde pessoa. Sai dessa vida deixando amigos com muitas e muitas saudades...

Obs.: Zé de Mariano faleceu em um trágico acidente automobilístico no dia 02 de janeiro entre as cidades de Flores e Carnaíba. Com ele estavam sua filha e sua esposa que, infelizmente, também se foram.

O SERTÃO NÃO PRESTA MAIS(Inspirado no tema dado pelo poetamigo Zé de Mariano no seu livro Visão Sertaneja)

Zé nos deixou seu recado
Com o Visão Sertaneja
E agora no céu festeja
Tendo Jesus ao seu lado.
Ficará muito acanhado
Esse sertão dos meus pais,
Onde os vates geniais
Brilham mais a cada ano,
Mas sem Zé de Mariano
O sertão não presta mais.

Tabira inspira poesias
De maneira sobre-humana:
Tem o Genildo Santana
E o grande Sebastião Dias.
Adeval, Giuseppe e as "crias"
De um mestre grande demais.
Me encanta Dudu Morais
E os poemas de Dedé,
Mas sem os versos de Zé
O sertão não presta mais.

Felipe Júnior

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

DEBATE ENERGÉTICO com Heitor Scalambrini Costa

Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco

Tudo por dinheiro

Em recente visita a microrregião de Itaparica, aos municípios de Floresta, Belém do São Francisco, Petrolândia e Itacuruba, pude constatar, a completa falta de informação das respectivas populações sobre a provável instalação de uma usina nuclear na região.
A visita, que contou com o apoio da Diocese de Floresta através do Movimento Cultura de Paz, teve o objetivo de levar informações sobre a energia nuclear, a radioatividade, os efeitos da radiação, o que é uma usina nuclear e como funciona, os riscos de acidentes e a situação desta fonte energética no mundo e no Brasil. Além de haver uma discussão sobre outras fontes de energia, em particular aquelas encontradas na natureza, que poderiam atender a demandas energética destas populações.
Foram realizadas Rodas de Dialogo nos quatro municípios com a presença de educadores, religiosos, políticos, representantes da sociedade civil organizada, movimentos de jovens, representantes de grupos quilombolas e indígenas. Amplo material de divulgação foi distribuído aos participantes, desde cartilha explicativa, cordéis, e-books com artigos sobre a questão nuclear e panfletos.
Como resultado das Rodas de Dialogo foram definidos em cada cidade, ações que serão desenvolvidas no intuito de mais e mais pessoas se incorporarem ao debate sobre a instalação da usina nuclear. Assunto de grande importância para o destino dos moradores das cidades e do campo daquele território.
O trabalho planejado durante estes reuniões se dará essencialmente na divulgação pelas redes sociais, em ações nas escolas estimuladas pelos educador@s, na distribuição de material informativo aos membros das associações de moradores, associações de pescadores, comerciantes, nas aldeias indígenas e nas comunidades quilombolas. O que se espera de toda esta movimentação é que as populações se envolvam neste debate, e como resultado, formem opinião sobre a decisão unilateral tomada de se instalar a usina nuclear. Espera-se que sejam ouvidos, e tomem em suas mãos a responsabilidade de aceitarem ou não esta instalação industrial para produzir energia elétrica. O que não se pode mais aceitar e nem admitir são que decisões sejam tomadas à revelia, sem a participação dos principais interessados.
Por outro lado nestas reuniões, o que era esperado aconteceu. Mesmo convidado à classe política não esteve presente, e quando alguns de seus membros compareceram, foi de maneira não participativa nos debates. O que se percebe nesta atitude é que fogem da discussão pública. Evitam se comprometerem, e nem emitem suas opiniões publicamente. Todavia, à surdina, conspiram para a vinda da usina nuclear para a região, apoiando interesses pessoais em detrimento do interesse público, da coletividade, das comunidades.
Também nesta viagem, tornou mais claro o interesse econômico envolvido com a construção da usina nuclear no município de Itacuruba. A área pré-selecionada a beira do rio São Francisco possui diversos proprietários em todo seu entorno. A maior propriedade em extensão pertence a parentes do ex-prefeito de Itacuruba,. Estivemos com um dos outros proprietários de terras na região (possui uma gleba de 130 ha), que nos informou já ter sido procurado pelo ex-prefeito interessado em comprar suas terras, como também de outros proprietários que teriam sido procurados para este fim.
Verifica-se nesta movimentação o interesse de tornar-se o único proprietário das terras, e  assim poderem ser negociadas, e muito bem indenizadas pelo governo federal, caso a usina nuclear seja implantada na região. Também para valorizá-las, o ex-prefeito na sua gestão, obteve recursos do Ministério da Integração Nacional/Codevasf para a implantação  e pavimentação de uma rodovia vicinal até estas terras, chegando bem próximo a fazenda Jatinã (local pré selecionado para a implantação da usina nuclear). Esta rodovia, um trecho da PE 422, atravessa terras da aldeia Pankará e comunidades quilombolas, Por exigência da comunidade indígena, licenças para esta rodovia nunca foram apresentadas, e as obras foram paradas. Os recursos públicos destinados para esta rodovia foram de R$ 13.488.205,55.
O discurso proferido por este político na defesa intransigente da usina nuclear, caminha no sentido que a usina trará impactos econômicos importantes para a região, e como conseqüência, o desenvolvimento e o progresso tão almejado pelos habitantes. Este discurso, recorrente, já que utilizou os mesmos argumentos quando prometeu e não cumpriu o Observatório de Itacuruba (http://www.debatesculturais.com.br/observatorio-de-itacuruba-uma-obra-inacabada/), aponta na geração de emprego e renda para a população. Todavia, esconde de fato o mero interesse pessoal, em detrimento ao da coletividade, que sofrerá os impactos e o estigma que esta construção trará aos moradores do seu entorno.
Em verdade, o que tem movido a defesa desta obra na região, por alguns que exerce grande influencia junto às populações pelo fato ocuparem (ou já ocuparam) cargos públicos na política local, são os benefícios financeiros que receberão com a implantação desta obra.

Esta situação se verifica quando defensores do modelo predatório de desenvolvimento em curso no Estado, com obras como da instalação de uma industria de petróleo e gás, termoelétricas a combustíveis fósseis, construção de estaleiros, de industrias altamente poluentes no Complexo de Suape; locupletam-se financeiramente.  Afinal é tudo por dinheiro.


A VEZ DO POETA com Nenem Patriota

Existem amores que duram toda uma vida, há outros que se esfacelam com o tempo. O importante é manter em si o eterno sentimento de busca. A vida afetiva, quando é cortada, pode ser reconstruída. Para os amigos e amigas do face, compus hoje o soneto abaixo:

RECONSTRUÇÃO

Quem amou e sentiu decepção
Tem razões de verter a dor latente
Pois quem sofre extravasa totalmente
Suas chagas do mal da frustração

Mas amar não é ato consciente
Pra contar igualmente a divisão
Sempre há chance de perda da atração
Sem haver um motivo consistente

Ninguém pode viver martirizado
Pois amor pode ser reencontrado
Quando a chama de novo é acendida

Não se deve insistir no amor ferido
Já que a vida renova o seu sentido
Se buscar sempre amar refaz a vida!


Por Nenem Patriota

OPINIÃO com Josessandro Batista de Andrade

Josessandro é poeta e professor


O Vale fértil- Mestres do Moxotó cantam a fecundidade do Sertão

O Sertão, como região pertencente ao Nordeste brasileiro, cuja vegetação é a Caatinga,tem no clima semiárido um incrível potencial de fertilidade, apesar da escassez de chuvas. Enquanto na região Agreste há uma maior presença de precipitações pluviométricas, mas o solo é fraco e pouco produtivo para agricultura, O chão sertanejo é forte e rico, e mesmo com pouca água, possui uma fertilidade das mais abundantes.

Os longos períodos de secas contribuíram para se criar uma imagem estereotipada do Sertão nordestino, a de terra miserável , marcada pela estiagem, cujo drama teria como consequência retirantes e flagelados fugindo da seca, figuras esqueléticas a mendigarem um prato de comida, a simbólica caveira de uma vaca encravada numa estaca de cerca, escangalhando todo o cenário sertanejo, que de tão cantado e retratado em diversas obras da literatura e da música, acabaram virando um clichê falso , a servir tanto para produções eivadas de um panfletismo ingênuo, quanto para Criações artificiais, onde aborda-se de forma superficial o problema. É que não enxergam a questão da concentração de terra, como grande obstáculo a uma maior produtivdade, uma vez que havendo uma divisão agrária, com incentivo e apoio a situação do campo seria outra.

Hoje já começa a brotar uma nova e mais real imagem do Sertão nordestino, a de uma terra, cuja paisagem social vem sendo modificada velozmente, quer seja pelos maciços investimentos sociais na região, quer seja pelos efeitos decorrentes da globalização, da produção aos bens de consumo que vieram com uma maior oferta de empregos , consequentemente ampliação de mercados e oferta de crédito fácil. Antenas parabólicas tomam há mais de uma década os tetos das casas , ás vezes até de taipa. Motos tomam o lugar de cavalos no transporte e no atalho e tangida do gado. Ao mesmo tempo em que tem mais acesso a escolarização , maior leva de sertanejos tem se tornado presa fácil do consumismo modista e da alienação da cultura de massa.


O Sertão do Moxotó é uma microrregião sertaneja, caracterizada pela hiperxerófila, vegetação caatigueira acentuadamente fechada, mais seca, quente e cheia de espinhos que as demais microrregiões sertanejas. E Também no Vale do Moxotó, que o Sertão se revela como lugar diferenciado pela fertilidade em múltiplos sentidos. A história da colonização do Sertão do Moxotó inicia- se em 1720, Pantaleão de Siqueira Barbosa , bandeirante português, após prear índios e penentrar sertão adentro, chega as Margens do Rio Moxotó onde finca uma cruz na localidade conhecida como Poço do Boi, mas tarde Poço da Cruz. Observara no Estado de Sergipe, que os negros que eram fugitivos , tinham um perfil em comum: o de possuir mão- de – obra qualificada, negro carpinteiro, pedreiro, Mestre de couro, etc. Por isto não aceitavam a escravidão para o trabalho pesado, safando-se das fazendas escravocratas e mesmo quando recapturados pelo capitão –do – mato preferiram morrer chicoteados no “Tronco” do que voltar a aceitar a vida de escravo no serviço bruto. Recebiam a alcunha de “Negro safado”, que era negro imprestável para o serviço braçal duro, sendo portanto um negro sem valor comercial. O que fez Pantaleão? Saiu comprando quase de graça estes “negros safados”, mas de mão de obra qualificada e os trouxe para as margens do Rio Moxotó, onde ali implantou um modelo diferente de colonização baseada em novas formas de tratamento para os negros: Senzalas abertas, castigos físicos como o “Tronco” abolidos, os negros passaram a comer na mesa com o seu senhor e tinham direito aos domingos para o lazer, caçar, pescar, tomar banho de rio. Este modelo fez com que os negros ajudassem Pantaleão a construir uma das maiores fortunas do Nordeste brasileiro daquele período. Pantaleão comprou outras fazendas no Sertão e no agreste, além de Engenhos de Acúcar na zona do Mata e outros estados, espalhando assim o sangue dos Siqueira do Moxotó, misturado ao sangue negro e indígena por os mais diversos recantos do Brasil. Falecido em 1793, foi sepultado na povoação Jeritacó fundada por ele. Como podemos observar a mínima reforma social implantada por Pantaleão Siqueira no seu projeto produtivo trouxe prosperidade, apesar de manter as raízes seculares da escravidão e do Latifúndio, de origem feudal, que em nosso País alicerçou-se nas capitanias heriditárias, com toda sorte de injustiças e desigualdades sociais. Da sua descendência surgiram, por exemplo o Siqueira Campos do Forte de Copacabana, O Cardeal Arcoverde,o 1º Cardeal da América Latina e os Mestres das ciências e das Letras: Ulysses Lins de Albuquerque, poeta , memorialista, advogado e educador e Alcides Lopes de Siqueira, poeta, contista, ensaista e Médico, consolidando o Moxotó como um vale fértil de poesia, literatura e vida inteligente.

Algumas peculiaridades do Moxotó o fazem uma região especial, a exemplo da Lagoa do Puiu, Metade de água doce e outra metade de água salgada, a Cabra Moxotó, raça nativa , que já foi cantada até por João Cabral de Melo Neto no “Poema da Cabra!,cabra considerada pé –dura, mas que tem o leite mais forte e uma pele extraordinária, e por ser natural desta região possui incrível resistência e maior capacidade de adequação a terra e as mais assoladoras secas. Além Disto, o Rio Moxotó, conhecido pela fúria encantadora de suas águas em época de cheias e da Serra de Jabitacá, que localizada no Moxotó, na sua Majestosidade, abraça as três ribeiras principais do Sertão : A do próprio Moxotó, a do Pajeu , pernambucanos, e a do cariri paraibano. Esta serra é fabulosa, quer pela abundante flora e diversidade de sua fauna e riquezas naturais como fonte de águas cristalinas, quer pelas histórias lendárias que carrega. Vale salientar ainda a beleza da região dos Campos, baixio da serra, habituado por possíveis descendentes de europeus, tendo ali a localidade”Cacimba da Flamenca”. Há ainda registros de fosséis De animais prés-históricos encontrados na Lagoa dos Marinheiros e Pinturas primitivas registradas em rochas nos Sítios Boqueirão e Barra.

O Moxotó vem obtendo um reconhecimento pela força de sua literatura, seja em poesia, seja em prosa. É na Poesia que três Mestres constituem O Tripé Da poesia Moxotesca: Ulysses Lins de Albuquerque, “O Trovador do Moxotó”, Waldemar Cordeiro, “O Gênio do Lirismo” e Alcides Lopes de Siqueira, “O Menestrel do Sertão”. O primeiro e o último fazem parte dos Siqueira do Moxotó, que dentro da poesia moxotesca constituem uma Raiz ou Corrente, composta pelos mesmos e mais o filho do último, Mozart Lopes de Siqueira, Rosa Ignez, Inah Lins, Carlos Celso,Duval Brito, Walmar,Renildo Siqueira(Gripa de Sertânia), Luiz Wilson, Paulo Mariano, Rildo Mariano, Ada Siqueira, Zito Jr., Josessandro Andrade, Leonardo Mariano, Luciano Magno, entre outros.

De acordo com o teórico russo Mikhail Bakhtin, a linguagem é dialógica, ou seja firma sempre um diálogo entre, no mínimo, dois seres, consequentemente dois discursos. Segundo ele, “Os enunciados não são indiferentes uns aos outros, nem auto-suficientes; são mutuamente conscientes e refletem um ao outro... cada enunciado é pleno de ecos e reverberações de outros enunciados, com os quais se relaciona pela comunhão da esfera da comunicação verbal.”



TV Brasil exibe hoje reportagem com foco no Pajeú


A TV Brasil leva ao ar hoje (05/09), às 22 horas, mais um programa da série Caminhos da Reportagem. O tema será A rota do cangaço. Uma equipe permaneceu quase uma semana no Pajeú, gravando imagens e depoimentos em pontos referenciais do cangaço em Serra Talhada, Triunfo e Afogados da Ingazeira. Vale a pena conferir.

Resenha: Personagens como Antônio Silvino, Corisco e Lampião ainda despertam admiração e ódio nas cidades, vilas e povoados no nordeste. Os lugares foram palco dos constantes confrontos entre a polícia e os cangaceiros. Conhecido pela violência do seu bando, mas também pela defesa dos necessitados, Lampião foi o mais importante líder do cangaço na região. Estrategista, derrotava com frequência as polícias volantes que o perseguiam.

Ainda hoje, as pessoas relembram o Confronto da Serra Grande,  Pernambuco, onde Lampião derrotou um batalhão de 300 homens, em 1926. Temido pelas autoridades, foi convidado a se aliar às forças que combateram a Coluna Prestes no Nordeste.

Com a colaboração de estudiosos e pesquisadores, o programa mostra a influência dos cangaceiros nos costumes da época e na vida das mulheres. E as histórias de algumas delas, como Maria Bonita, mulher de Lampião, e Dadá, companheira do temido Corisco.

Infinita Primavera - Edição 2013

Artes plásticas, artesanato, fotografia, literatura, audiovisual e música integram a programação do projeto Infinita Primavera, que chega a terceira edição em 2013. Organizado pelo Atelier Mutirão de Cultura com incentivo do Funcultura/Governo de Pernambuco, o evento tem início nesta quinta-feira (5/9) com a abertura da exposição de artes plásticas e fotografia, às 19h, no Museu Regional de Olinda (Rua do Amparo, 128, Sítio Histórico de Olinda). O acesso é gratuito.

A exposição é formada por obras de Ede Alves, Michelle Martinez, Simone Simonek, Kate Queiroz,Cosmus, Sandro Felix, Leonardo Filho, Elizabete Melo, Sergio Birukoff, Eliana Leão, Ivone Mendes, J.Luiz Milha, Aluisio Moreira, Rafael Bandeira, Claudia Rangel, Ricardo Veríssimo.

Leia mais e confira a programação completa:http://bit.ly/1dJQpG1

Festival de violeiros no Rio Grande do Norte


Dia 06/09 será de Cantilena em Ingazeira-PE


A noite desta sexta-feira (6) será de Cantilena em Ingazeira. Na programação em homenagem ao artesão Manoel Ferreira de Lima (Pedra Dágua) estarão se apresentando os declamadores Pepita Lins, Andréa Miron, Wandra e Natália Rodrigues, Giovandra e Verônica Sobral, Monica Mirtes, Sara Cristóvão, Neide Nascimento, Elenilda Amaral, Dulce Lima e Pedro Torres Tunú.

Dentre as atrações musicais Aloisio Lopes, Cordas e Canções, Alberto Júnior, Aguinaildo e Cia e Sombra da Ingazeira.

A cidade mãe do Pajeú também terá na programação os repentistas Irmãos Rodrigues e o aboiador: Damião de Zabé. A Cantilena acontecerá ao lado da Igreja às 20hs e tem a organização da Freguesia de Arte Popular da Ingazeira.

Por Anchieta Santos/Nill Junior

Pronatec forma mais de 700 alunos do Senac

Na terça-feira (03), o Senac realizou a formatura de mais de setecentos alunos de trinta e dois cursos do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensico Técnico e Emprego). Este programa é uma parceria entre o Senac, o Governo Federal e Governo Municipal, através da Secretaria de Políticas Sociais, Esporte e Juventude do município de Paulista.

Saiba mais informações no blog - http://newssenacpe.blogspot.com.br/2013/09/pronatec-forma-mais-de-700-alunos.html

IMAGEM DO DIA

Depois da exibição da denúncia feita pelo Bom Dia Brasil hoje pela manhã sobre a farra de gastos públicos em alugueis de carros pelos deputados, a imagem do dia só poderia ser essa...


Cursos oferecidos gratuitamente em Caruaru-PE

A Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, no Agreste do Estado, está disponibilizando 80 vagas gratuitas, distribuídas em quatro turmas, para oficinas de customização e modelagem. Os cursos têm duração de uma semana, com horários disponíveis pela manhã e tarde.
Para realizar a inscrição é necessário que o interessado se dirija à Casa de Cultura José Condé, de segunda a sábado, no horário das 08h até às 13h. O aprendiz, que deve ter mais de 14 anos de idade, precisa levar no ato da inscrição cópias do RG, CPF e comprovante de residência. As vagas são limitadas.
As aulas serão realizadas na Casa de Cultura José Condé e ministradas pela estilista Márcia Barros. O curso de customização terá início no dia 10 deste mês e segue até o dia 13. Já o de modelagem começa no dia 23 e se estende até 27 de setembro. 
Outras informações podem ser obtidas através do telefone (81) 3721-8076.

OAB pede cassação de Feliciano e Bolsonaro


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) concluiu a denúncia contra Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) por campanha de ódio. Em conjunto com mais de vinte entidades ligadas aos direitos humanos, a entidade deve enviar ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). 

Os grupos querem entrar com uma representação junto à Corregedoria da Câmara, acusando os dois parlamentares de quebra de decoro parlamentar em virtude de divulgação de vídeos considerados difamatórios, o que poderia resultar na cassação dos mandatos de ambos.

Já Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Casa, é denunciado por um vídeo atacando opositores políticos e lideranças do movimento que são favoráveis à causa de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis (LGBT), que foi postado pela assessoria do deputado. Ele nega qualquer relação com o vídeo. “Não fizemos o vídeo. A minha assessoria viu, achou interessante e postou”, disse.

Rebaixamento - Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) da OAB, Wadih Damous, essas campanhas de ódio representam o rebaixamento da política brasileira. “Pensar que tais absurdos partem de representantes do Estado, das Estruturas do Congresso Nacional, é algo inimaginável e não podemos ficar omissos. Direitos Humanos não se loteia e não se barganha”, disse.

Em reunião com a CNDH da entidade dos advogados estiveram presentes, além dos deputados acusados na campanha difamatória, representantes da secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, do Conselho Federal de Psicologia, e ativistas dos movimentos indígena, de mulheres, da população negra, do povo de terreiro e LGBT. Damous garantiu que “a Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB será protagonista no enfrentamento a esse tipo de atentado à dignidade humana”.

XIII Feijobingo atrairá grande número de pessoas

XIII FEIJOBINGO É PROMOVIDO PELA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO - MADALENA, RECIFE/PE

Já fazendo parte do calendário cultural, religioso e solidário do Recife, o XIII Feijobingo, evento que faz parte da festa da padroeira da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, reúne uma grande quantidade de paroquianos e visitantes que tornam o evento, sem dúvida, grandioso. Este ano o evento sorteará no quinto prêmio uma moto 125cc e contará com as participações de Josildo Sá, Irah Caldeira e Petrúcio Amorim alegrando a todos que estarão presentes no Clube Português.

XIII Feijobingo
22 de setembro de 2013
Das 10h às 16h - Clube Português - Recife/PE
Cartela do bingo ao preço de R$ 15,00

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Semana do Empreendedorismo - Sesc/Sebrae

Senac e Sebrae realizam ação com foco no empreendedorismo

O Sebrae através da Unidade de Comércio e Serviço irá realizar uma ação denominada “SEBRAE NO COMÉRCIO - Uma Vitrine na Praça”. Em parceria com o Senac, essa ação tem como objetivo valorizar o empreendedorismo, dando ênfase à orientação técnica e à capacitação empresarial para gestores e trabalhadores do comércio varejista, com empreendimentos preferencialmente localizados no centro da cidade (Pátio do Carmo). Para alcançar esse objetivo, serão realizados 60 cursos no período de 16/9 a 11/10, funcionando de segunda à sexta-feira, das 9h às 22h.

A estrutura de 320m² terá uma Loja Modelo e seis salas de treinamento com capacidade para 20 participantes cada uma. Os cursos são voltados para a área de gestão e vendas.

NO BAÚ DA POESIA: Patativa do Assaré no Jô Soares

Em uma das entrevistas mais históricas do Jô Soares, Patativa do Assaré fala sobre sua vida e sua poesia.




"Itapetim - Ventre Imortal da Poesia" 2º edição


CONVITE

Estamos convidando os itapetinenses e amigos para o lançamento da 2ª edição do livro: “Itapetim: ventre imortal da poesia”, desta feita ampliada, com 70 poetas a mais. O lançamento será acompanhado de um autêntico forró pé-de-serra (Aldinho do Acordeon e Vicente de Paula), além de poetas populares.

Dia: Sábado – 07/Set/2013
Hora: A partir das 16h
Local: Restaurante Arriegua – Rua General Polidoro, 982
Cidade Universitária (final da rua sentido Av. Caxangá – UFPE).

CHARGE DO DIA


A VEZ DO POETA com Ivan Patriota de Siqueira

Rio Capibaribe

O Capibaribe morre
Com o assoreamento
Com o lixo e o sedimento
E a gente não o socorre
Esse rio já não corre
Como eu queria vê-lo
Tudo por falta de zelo
Desde a nascente à foz
Por isso eu solto a voz
Para fazer um apelo.

Salvemos, todos, o rio
Da sua destruição
Cada um com sua ação
Assuma o desafioVamos torná-lo sadio
Pra ver a garça com graça
E o pescador, de graça
Poder pegar o seu peixe
Mas esse rio não o deixe
Sem que nada já se faça.

É triste ver o seu leito
Cheio de lama e sujo
Morada de caramujo
E o rio mais estreito
Tudo isso, com efeito
Enfraquece sua água
Motivo de tanta mágoa
A quem o viu mais fluente
E não assim lentamente
Que quase já não deságua.


Ivan Patriota de Siqueira